18/07/2011

Própria ferida.

Sentado à beira de um caminho
Que termina em lugar nenhum,
Fico aqui sempre sozinho,
Sem direito a sentimento algum!
Sentado à beira de uma estrada
Cujo final ninguém sabe ao certo,
Permaneço só nesta jornada,
E quando não caio, tropeço!
Sentado à beira de um barranco
Feito criança fazendo pirraça,
Sabendo que mesmo aos trancos
Se cair do chão não passa!
Sentado à porta do inferno,
Consciente de que mereço o céu,
Vou remoendo em meu interno
Ressentimentos que levam a vida ao léu!
Sentado de frente ao muro
Que criei para as minhas lamentações,
Percebo que não sou o único
A impedir a própria evolução!
Sentado de frente à vida,
Vendo-a gloriosamente a passar,
Curei eu mesmo minha própria ferida
E de repente me pus a lutar!

01/07/2011

Poema-desabafo.

Um dia você verá minha vida
E irá se surpreender.
Por fora parece uma maravilha,
Mas só eu sei como nela sobreviver!
Tenho parentes influentes
Sem nenhuma influência sobre mim.
Muitos parecem até benevolentes
E isto prova porque estou lutando aqui!
Porém, tive que aprender
Que este é o meu caminho.
E no dia, será em breve, que eu vencer,
Falarão que nunca estive sozinho!
Já conheço esta estrada,
Muitos passaram e passarão por ela.
Os que sempre me incentivam nesta jornada
Já estão gravados na memória feita uma tela!
Não posso guardar rancor,
Pois isto me fez amadurecer,
Mas é estranho, quem poderia nos ofertar amor
Simplesmente ignora nosso viver!
Eu também não sou fácil
E aqui faço meu mea-culpa.
Muitas vezes fui volátil,
Tem gente que tem a paciência curta!
No entanto, ser poeta
Num mundo totalmente em ebulição
Faz-me ter os olhos em festa,
Ciente de minha missão!
Peço desculpas pelo poema
Que é também minha forma de desabafar,
Porém o meu maior dilema
É não saber se é que há pelo motivo certo chorar.
Mas bola pra frente
Que a vida corre e arde,
E nesta história o que me deixa contente
É saber que santo de casa não faz milagre!

Necessidade.

Não necessito de inspiração,
Necessito de seu abraço.
Não necessito de motivação,
Apenas seu apoio e abraço!
Não necessito de cadência,
Não necessito de valor,
Mas se tiver paciência,
Aceito seu amor!
Não necessito de mote,
Não necessito de motivo,
Preciso somente de sorte
E de seu sorriso!
Não necessito de lágrimas,
Não necessito agonias,
Porque em suas mãos de fada
Você me dá a poesia!