18/07/2011

Própria ferida.

Sentado à beira de um caminho
Que termina em lugar nenhum,
Fico aqui sempre sozinho,
Sem direito a sentimento algum!
Sentado à beira de uma estrada
Cujo final ninguém sabe ao certo,
Permaneço só nesta jornada,
E quando não caio, tropeço!
Sentado à beira de um barranco
Feito criança fazendo pirraça,
Sabendo que mesmo aos trancos
Se cair do chão não passa!
Sentado à porta do inferno,
Consciente de que mereço o céu,
Vou remoendo em meu interno
Ressentimentos que levam a vida ao léu!
Sentado de frente ao muro
Que criei para as minhas lamentações,
Percebo que não sou o único
A impedir a própria evolução!
Sentado de frente à vida,
Vendo-a gloriosamente a passar,
Curei eu mesmo minha própria ferida
E de repente me pus a lutar!

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