19/11/2011

Geopira IV

Geopira, o meu coração
Às vezes para de bater
E sinto que estou para morrer
Longe de tua emoção!
Geopira, a minha alma
Está sempre a chorar
E eu sinto que vou embarcar
Na nau trágica dos traumas!
Minha canção já tardia
Machuca minha alma em dor
E sinto morrer em mim o amor,
Queimando meu peito em agonia!
Meu poema singelo
Perde-se em minha canção
E vejo que em meu coração
Pouco resta de belo!
Às vezes chego apressado,
Feito alguém que tem algo a fazer
E percebo triste e arrasado
Que não mais posso te ver!
Geopira, sinto a minha vida
Fugir por entre os meus dedos
E sei que meus desejos
São hoje apenas imagens distorcidas!
Estou condenado a correr
Por este mundo sem fim
Procurando alguém que goste de mim
E possa, então, meu amor renascer!
Tudo o que vivi de valor
Não chegou a ter a importância
De ficar em minha lembrança,
Feito este imenso amor!
Geopira, irei gritar
Por esta vida afora
A emoção de outrora,
Que vive a me acompanhar!
Geopira, sei muito bem o que sinto
E não escondo esta emoção,
Pois, sei que ela é minha razão
E por este amor jamais minto!
Geopira, eu clamo teu nome
Por todo o planeta terra,
Vencendo assim todo tipo de fera,
Por teu amor fazer de mim um homem!
Geopira, sinto uma dor no peito
Por não ter-te ao meu lado,
Mas não fico arrasado,
Apesar de não estares aqui do meu jeito!
Geopira, por este amor
Vou além do que se imagina
Nesta emoção que fascina,
Fazendo de minha vida um sonho em flor!


31/07/87

Nenhum comentário:

Postar um comentário