24/06/2011

Enforcaram o poeta.

Esta dor que tenho em mim agora
É a mesma que me fez vir embora
Quando vi matarem um irmão,
Dando-lhe tiros dos ombros à testa!
Meu Deus, quanta desconsideração,
E ainda enforcaram o poeta!
Ninguém mata um ditador,
Apesar de ele gerar tanto horror!
O Sul da África explode
E é maior a revolta da nação.
Enquanto morre preto, branco morre.
E morre ainda uma parte da nação!
Enforcaram o poeta
E a revolta se prolifera!
A dor da terra se mistura
Ao sangue de nossas veias.
E como se não bastasse a ditadura,
Não há o que comer sob o Sol ou Lua cheia!
Enforcaram o poeta,
Mas não seu ideal que se manifesta!
Chora a África inteira,
O mundo chora compadecido,
Mas ainda corre o sangue nas veias
Do peito d’África ferido!

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