27/12/2010

Conte-me uma mentira.

Desde que seja breve,
Dessas coisas que não se escreve,
Alguma coisa passageira,
Como se fosse a primeira!

Alguma coisa com som incerto,
Do tipo que só se ouve bem de perto!
Conte-me uma mentira
Dessas que alegram a vida,
Mesmo sabendo que não é real,
Mas quem sabe se ao ouvi-la
Possa eu fazer com que seja normal!

Apenas conte-me, sim,
Para que eu não creia que o fim
Seja uma tremenda ferida.
Por isso, lhe peço,
Conte-me uma mentira
Enquanto meus erros ao vento confesso!

Conte-me assim de leve,
De modo que faça de um sonho breve
Uma maneira de confrontar
Este mundo que está sempre a magoar,
Sem respeito ao cidadão comum,
O qual, para eles, na barganha geral,
Não vale centavo algum.
E ainda crê que contribui para o social!

Deixe que eu sonhe pela vida,
Um lugar ao sol para todos,
Onde eu não seja taxado de louco,
Mas enquanto isso conte-me uma mentira!

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