28/12/2010

Ecos do passado

Sete cavalos que cavalgam
Pelas campinas já perdidas.
São sete dores que se afagam
Por se verem esquecidas!

Sete homens brigando
Por um motivo qualquer.
São sete ódios se digladiando
Para serem entregues a uma Salomé!
Sete mulheres que choram
Por uma dor infinita,
Com sete lenços que se molham
Na violência que se precipita!

Sete estrelas que brilham
No azul lindo e infinito,
A iluminar sete crianças que trilham
O caminho que pode ser mais bonito!

Sete armas que disparam
Contra o corpo da guerreira.
Têm sete projéteis que calam
A voz de uma nação inteira!
Às sete horas da noite,
Ouço ecos do passado
E vejo inertes no açoite
Sete corpos de escravos!

Sete poemas que faço,
Tendo sete vezes o mesmo fim.
São sete linhas que traço
Na longa procura por mim!

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