25/12/2010

Pois é, pra quê?

Um automóvel corre,
Uma criança grita,
A esperança não morre.
Apesar da saudade infinita!

Um sonho novo acaba,
Um dia chato começa,
Uma casa desaba
Sob falsas promessas!

Um tonto fica tantã,
Um governo promete,
E de novo no amanhã
É o povo que padece!

Eu acredito no amor,
Outros creem no dinheiro,
Enquanto planto uma flor
Ela vai para o estrangeiro!

No futebol, novos valores,
No INSS, os doutores
Não cuidam da população!

Há um homem que ainda canta
Sem sequer um bom motivo ter
E ainda a nós encanta.
Pois é para quê?

Página 16 do Livro Cisne Negro - Editora Scortecci - 1992.

Nenhum comentário:

Postar um comentário