Dançarino.

Com jeito e com graça
O corpo no espaço se lança
Rodopiando pelas praças
Em uma magnífica dança!

Ergue os traumas no ar
E os tomba pelo chão,
Vence a vontade de chorar
E as mágoas do coração!

Com o corpo no espaço
Leva a vida a dançar
Sem temer o cansaço
Pois nada o deterá!

Se confunde com as estrelas
Pasmo com o próprio brilho,
Não tenta mais obtê- las
Pois segue no mesmo trilho!

Talvez um dia pare
E a vida não terá mais graça,
E não há quem a ele se iguale
Rodopiando pelas mesmas praças!

Algum dia, alguém contará
A história do dançarino
E sua vida para sempre estará
Ligada ao nosso destino!

Página 29 do Livro Cisne Negro - Editora Scortecci - 1992.